A Catarina Mina nasceu 14 anos atrás com um propósito bem ambicioso: revolucionar o mercado de moda, tornando-o transparente em todas as etapas de produção. Na época, a missão da cearense Celina Hissa parecia demasiado utópica – criar bolsas de crochê que fugissem dos modelos-padrão vendidos em feiras de artesanato e que deixassem claro em sua etiqueta de onde vinham as matérias-primas, quem havia produzido as peças, quanto cada artesão recebera. Celina queria abrir todos os custos de seus produtos, na expetativa que essa transparência a deixasse mais próxima de seus clientes, criando um sentido de comunidade.

A marca foi a primeira a fazer isso no Brasil, muito antes de as pautas sobre “quem faz minhas roupas?” tomarem conta da mídia e das redes sociais. De lá para cá passaram-se 14 anos e, com relevantes prêmios de sustentabilidade e responsabilidade social no currículo, Celina provou que não estava sendo ingênua, nem sonhadora demais. Se hoje muitas marcas jovens adotam a abertura de custos como parte de sua essência, a Catarina Mina pode afirmar sem dúvida que foi pioneira e serviu de inspiração.

Mas não é só nesse quesito que a marca cearense fez história. Na época em que foi lançada, bolsas de crochê combinavam com férias na praia e jamais se pensaria em usá-las como complemento de vestidos longos em casamentos. Pois as bolsas de crochê com mix de materiais, que podem ir da palha ao acetato, de design nada óbvio, ganharam as ruas dos centros urbanos e, sim, igrejas e casas de festas!

A qualidade do que produz e seu DNA sustentável ambiental e socialmente despertaram o interesse de grandes marcas, levando a Catarina Mina a produzir peças em regime de private label para Água de Coco e Osklen. Também lançou uma collab com a extinta e icônica Neon, de Dudu Bertholini e Rita Comparato.

Hoje, além de suas icônicas bolsas de crochê, a Catarina Mina cria braceletes, colares e lenços, produzidos por comunidades de artesãs em Fortaleza, Itaitinga, Sobral e também no litoral oeste do Ceará, em Moitas, Aracati e Trairi.

Para além das fronteiras nacionais, a marca vem expandindo sua presença no exterior desde 2017, quando fez a primeira venda internacional para hotéis em Saint Barths e em outras ilhas do Caribe. No ano seguinte, marcaram um golaço quando entraram para a seleção do tradicional Bom Marché, em Paris. O crescimento internacional continuou mesmo durante a pandemia, e hoje seus principais pontos de venda estão em Portugal, no El Corte Inglés, e em Miami. “Também já exportamos para o Japão. Tem sido uma jornada muito gratificante, de muito aprendizado”, diz Celina.

@CatarinaMina

www.catarinamina.com