Três amigos, cinco anos de gestação e incontáveis horas de trabalho artesanal. Foi assim que nasceu a Pana Têxtil, marca cearense que tem como objetivo mesclar inovação e tradição para criar redes com design apurado, contemporâneo, que impactem positivamente a cadeia de produção. Bruno Valente cresceu numa família que produzia redes, e assumiu os negócios quando ainda estava na faculdade de Engenharia da Computação, em 2008. “Era um produto apaixonante, e eu fiquei com muita vontade de inovar nesse mercado. Só que a empresa da minha família já tinha um negócio muito redondinho e não se mexe em time que está ganhando”, conta Bruno. 

Ele então decidiu se lançar em projeto solo e convocou a publicitária Mariana Marques e o designer Pedro Mourão para darem vida à Pana e reinventarem o mercado de redes – a ideia era fazer com que o produto saísse da categoria genérica que tradicionalmente ocupou e começasse a ser encarado como obra autoral. “As redes no Ceará são como o pão de queijo em Minas. É um produto consagrado, todo mundo conhece, mas faltava uma marca, uma etiqueta.” 

Para que isso acontecesse era necessário criar designs mais ousados, e daí a importância da entrada de Pedro Mourão, que cuida da estética da Pana. Lançada oficialmente em agosto de 2021, a marca chegou ao mercado com propósito definido: modernizar e sofisticar as redes, para que se tornassem protagonistas nos ambientes e deixassem de ser apenas “parte do cenário”. 

Outro pilar fundamental dos três era impactar positivamente a vida dos artesãos que tecem as redes, espalhados por seis municípios cearenses: Jaguaruana, Quixelô, Bela Cruz, Iguatu, Aracati e Fortaleza. As preocupações da Pana são com a justa remuneração desses trabalhadores e o incentivo à perpetuação das técnicas e tradições. “Quando os artesãos recebem uma remuneração justa, você mexe com toda a cadeia porque acaba incentivando as novas gerações a quererem trabalhar naquele mercado”, explica Mariana. 

Esse cuidado com a cadeia fica ainda mais perceptível na Solarium, o carro-chefe da Pana. A rede, que demanda vários dias de trabalho e 11 artesãos envolvidos no processo, custa R$ 1.900. O preço final foi fixado pelos próprios trabalhadores e é justificado pelo delicado e demorado trabalho de confecção da “varanda”, a extensão de bolas de crochê que dá o charme extra da peça. Além de sofisticada e inovadora no quesito estética, a Solarium foi arquitetada para fornecer a melhor experiência ao usuário. Ela vem em um case especial – que pode, inclusive, ser utilizado como bolsa no dia a dia – e com um par de extensores. Nada foi deixado de lado, e como funcionalidade é fundamental, a varanda é removível para facilitar na limpeza.

A Solarium só está disponível no algodão cru, mas cores não faltam aos demais produtos da Pana. As redes da linha Aquarela, por exemplo, vem em paletas vivas e alegres, pensadas sempre para modernizar o design tradicional das redes, mantendo-as atrativas às novas gerações. Além das redes, a marca também oferece tapetes, mantas e jogos americanos, todos tecidos a mãos e feitos de algodão. 

Como inovação está em seu DNA, a Pana está prestes a lançar uma nova rede cujo intuito é parecer um “edredom flutuante” – prova de que é possível respeitar tradições e ser futurista ao mesmo tempo. Não é maluquice: segundo Bruno, a ideia veio justamente do contato direto com os consumidores, que mostraram interesse em ter uma rede adaptada para ambientes frios ou com ar condicionado.

Para o futuro, a Pana planeja a abertura de uma loja física. Por enquanto, podemos conferir as peças no Instagram – @panatextil, segue lá! – e comprar, de qualquer lugar do Brasil, pelo e-commerce www.panatextil.com.br.