Não é por acaso que a pernambucana Gabi Fonseca cria bolsas e calçados únicos a partir do upcycling de resíduos de couro: desde muito cedo ela via o material ser desperdiçado na fábrica de sapatos do pai e não entendia bem como aquilo podia acontecer. Foi a partir disso que voltou seu olhar curioso para criar algo novo com uma matéria-prima que seria descartada.

Espere encontrar formas geométricas, cores cintilantes, tons de cobre e dourado e recortes. As sandálias de Gabi são verdadeiras alegorias e jamais passam despercebidas. Assim como as tradicionais bolsas envelope, clutchs que servem de peça statement para qualquer ocasião.

Além dos vários estudos que fez dentro e fora do curso de Design de Moda em Recife, Gabi é uma adoradora da cultura local e volta e meia resgata símbolos do folclore e das tradições pernambucanas para suas criações. “Antes mesmo de começar a desenhar bolsas e sapatos, aprendi com minha mãe, que era dona de multimarcas, a misturar cores e texturas. Esse é o principal DNA da Gabi Fonseca. Você bate o olho e já sabe de onde vem”, explica.

Outra diferença em relação às marcas de sapatos tradicionais: “não fazemos coleções. Como as peças muitas vezes são de materiais únicos, tentamos criar cápsulas e contar boas muito histórias”, diz Gabi.

A marca flerta com a estética vintage, trazendo elementos como as formas do art déco, e também com o surrealismo. Um exemplo são as peças criadas à mão por artesãos de Timbaúba, interior do Pernambuco. Todos os recortes e encaixes são pensados para aproveitar ao máximo cada sobra de couro, que Gabi garimpa por curtumes do Brasil todo há mais de 15 anos.

Os sapatos e bolsas podem ser comprados no Instagram da marca ou no recém-inaugurado corner na Moinho Galeria, loja colaborativa que fica na Rua do Futuro, 177, Graças, na Zona Norte do Recife.